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Os primeiros vestígios do que se poderia chamar de música, não como arte, mas como um meio de comunicação expressado pelo som, ligado à fala e à dança, apareceram num desenho rupestre há 60.000 anos na Tanzânia, provavelmente para imitar os ritos instintivos dos animais: rito de caça, rito de acasalamento e rito de saudação da natureza, o primeiro rito religioso.
Tendo como seu primeiro instrumento o próprio corpo, o homem aprendeu a fazer sons ritmados, percussivos, mas pouco melódicos, uma vez que a melodia cantada era derivada da fala. Na língua primitiva, por esta ser monossilábica, havia entonações de graves, médios e agudos para enriquecer os verbetes de um curto dicionário. Essa fala cantada inspirou a criação dos tambores falantes da África e dos mantras do Sama Veda, considerados os textos mais antigos da humanidade, que são recitados dentro de uma melodia rigorosa, na qual se entoam apenas graves, médios e agudos, tendo vogais que devem ser prolongadas ou não. A fala primitiva evoluiu acompanhada dessa expressão sonora que veio a ser a música alguns milênios depois.
Até hoje encontramos traços dessa música primitiva. Estão nos rituais xamânicos para chamar a chuva, promover uma boa colheita, trazer a cura ao doente ou contatar com o mundo invisível. Transmitidos oralmente, antes de haver a escrita, influenciaram a música folclórica de todo o mundo.
A voz foi o primeiro instrumento musical, produzindo melodias perto da fala, juntamente com sons guturais, estalos com a língua ou lábios e assobios. Depois, surgiram os instrumentos de percussão com troncos, conchas e ossos, mas foi a flauta, ou um tipo de instrumento de sopro parecido com a flauta, o primeiro instrumento musical a produzir um som semelhante ao som da fala humana. Esse primeiro instrumento musical, feito de osso de abutre ou de mamute, e fabricado há mais de 42.000 AC, foi encontrado em uma caverna na Alemanha.
Da pré-história até hoje, a música, uma criação do homem, evoluiu acompanhando as sociedades humanas, junto à religião, ao trabalho, ao lazer e às festas populares, e continuará assim, deixando seus rastros, para fazer sempre parte da história da humanidade.
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Pois é a evolução e o processo criativo vem muito do questionamento do mundo e de si mesmo. Quando levado muito a série existe sempre a tendência a loucura, as vezes com ótimas consequências as vezes tristes